Com a morte de D. Maria I, D. João VI tornou-se soberano com plenos poderes. A aclamação foi no Rio de Janeiro e foi motivo de protestos dos portugueses que viviam em Portugual. Por quê? Ora, desde 1811, as tropas francesas haviam se retirado. Napoleão Bonaparte já tinha sido derrotado na Batalha do Waterloo o clima de guerra na Erupoa não existia mais. Portanto, não fazia mais nenhum sentido a Corte continuar no Brasil.
A Revolução do Porto
Em agosto de 1820, na cidade do Porto, os militares pronunciaram-se publicamente contra a ausência do rei e sua Corte em Portugal.
A economia de Portugal estava arruinada. Pudera! Teve que combater a França, e mais: teve sua maior fonte de renda comercial dividida. O Brasil deixou de ser um grande comprador dos produtos portugueses, pois D. João VI abriu os portos brasileiros para "nações amigas".
Assumindo o governo, revoltosos convocaram as eleições para o parlamento, que por sua vez, faria uma nova Constituição para acabar com o Absolutismo Monárquico. Enfim, os ideias de liberdade chegaram a Portugal.
Mas, quem conseguiria exercer a hegemonia política nesse vasto Império?
A idéia dos deputados portugueses era controlar o poder real por meio de uma Monarquia Constitucional. Por quê? Simples! Dessa forma, teriam o controle das áreas dominadas e das riquezas brasileiras. Por esse motivo, não poderiam proclamar a República.
Exigiram o retorno de D. João VI a Portugal.
E aqui no Brasil?
A elite colonial não tinha união. Só havia acordo em dois pontos: manter-se na condição de "Reino Unido" (muitos temiam que com a volta de D. João VI a Portugal, o Brasil voltasse a condição de colônia) e conter as revoltas populares, que comprometiam sua boa condição socioeconômica.
A elite do Centro-Sul propôs uma monarquia dual, ou seja, com revezamento da sede do Império entre Lisboa e Rio de Janeiro. Os baianos, defendiam a capital ser em Salvador (antiga capital brasileira) e as províncias do Norte (Maranhão e Grão Pará) preferiam ser subordinadas a Lisboa a ter que obedecer o Rio de Janeiro.
D. João VI arrumou suas malas e voltou para sua terra natal. Deixou o governo do Brasil nas mãos de seu filho D. Pedro, o príncipe regente, dizendo-lhe na hora de partir: "Se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti que para qualquer um desses aventureiros."
Dia do Fico
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."
O processo de independência
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole..
Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.
Pós Independência
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.
Muito bom este teu "site", fomentar a apreciação da História nos ajuda em muito entender a atualidade.
ResponderExcluirParabens!
Poderia ter falado dos processos de independências de outros países latinos americanos e até mesmo da independência das 13 colônias para melhor entendimento de um movimento que acontecia não só no Brasil, mas em todo o mundo. O poster não trás nada de mais, sinceramente parece retirado, por completo, de um livro didático.
ResponderExcluirVamos problematizar mais a História! Isso com certeza afetará até mesmo no seu modo de dar aulas.
Tenha isso como uma crítica construtiva.
Abraços.
gostei;muito legal...
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