sexta-feira, 17 de julho de 2009

Quem disse que o africano não escravizou?

Muitos pensam que a escravidão vitimou única e exclusivamente os negros africanos. Grande engano, pois os negros vendiam outros negros para os europeus, e os árabes também o faziam.
Uma coisa que muito pouca gente sabe é africanos faziam pirataria na Europa, seqüestravam pessoas de origem européia e as vendiam como escravas na África.
Duvida? Pois leia estes dois textos a seguir:
Mais de 1 milhão de europeus foram escravizados por traficantes norte-africanos de escravos entre 1530 e 1780, uma época marcada por abundante pirataria costeira no Mediterrâneo e no Atlântico. A informação é do historiador americano Robert Davis, que falou sobre o assunto anteontem. Segundo ele, embora o número seja pequeno perto do total de escravos africanos negros levados às Américas ao longo de 400 anos --entre 10 milhões e 12 milhões--, sua pesquisa mostra que o comércio de escravos brancos era maior do que se presume comumente e que exerceu um impacto significativo sobre a população branca da Europa. ‘Uma das coisas que o público e muitos especialistas tendem a dar como certa é que a escravidão [na Idade Moderna] sempre foi de natureza racial --ou seja, que apenas os negros foram escravos. Mas não é verdade’', disse Davis, professor de história social italiana na Universidade Ohio State. ‘Ser escravizado era uma possibilidade muito real para qualquer pessoa que viajasse pelo Mediterrâneo ou que habitasse o litoral de países como Itália, França, Espanha ou Portugal, ou até mesmo países mais ao norte, como Reino Unido e Islândia.’”
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u32556.shtml “(...) Muitos séculos antes da chegada dos brancos europeus à África, as tribos, reinos e impérios negros africanos praticavam largamente o escravismo, da mesma forma os berberes e demais etnias muçulmanas. Imaginar os portugueses, castelhanos e italianos lançando seus marinheiros em caçadas aos negros no coração das florestas africanas não resiste ao menor exame histórico. Pelo contrário, os europeus seiscentistas tinham verdadeiro pavor de deixar o litoral ou mesmo desembarcar de seus navios e avançar para longe da costa e capturar escravos. Estes eram trazidos pelos próprios africanos, que tinham grandes mercados espalhados pelo interior do continente, abastecidos por guerras entre as tribos, ou mesmo puro seqüestro aleatório. Isso pode ser facilmente comprovado, por exemplo, com a descrição do império de Mali feita pelo cronista muçulmano Ibn Batuta (1307-1377), um dos maiores viajantes da Idade Média, e o depoimento de al-Hasan (1483-1554) sobre Tumbuctu, capital do império de Songai (...).
Ademais, havia tribos africanas que praticavam sacrifícios humanos, naturalmente de escravos. Às vezes, para interromper a chuva, mulheres negras (e escravas) eram crucificadas. Ao converter meia África, o Islamismo contribuiu muito para estimular ainda mais a escravidão, pois praticou-a desde cedo: antes mesmo de Maomé, já no século VI, mercadores árabes freqüentavam todos os portos da costa oriental da África, trocando cereais, carnes e peixes secos com tribos bantus por escravos. As populações negras não-muçulmanas também consideravam a escravidão um fato absolutamente normal (...)” Fonte: http://www.ricardocosta.com/pub/imperiosnegros2.htm

19 comentários:

  1. Sou brasileira, no entanto, amo o continente africano, não nego. Me sensibilizo principalmente, porque sinto que a união, a paz deveria prevalecer entre todos eles. Às vezes me pergunto: "por que tanta desigualdade social?", "Se outros países não influenciassem na economia, com esta sede de ganância, será que a realidade não seria diferente?".
    Reconheço que ao ler o comentário, não me surpreendi, mas desde o descobrimento do Brasil, sinto que houve muita influência do próprio europeu, para que agissem de tal forma. É o que sinto... amo Angola, Congo, Ruanda, África do Sul, Moçambique, Guinne Bissau, enfim todo o continente. Se pudesse, estaria presente no cotidiano de todos, dando a maior força!!!!
    O Brasil é um país que amo também, principalmente, meu estado - PB. Porém, do outro lado do Atlântico, amo todo o continente. Respeito a opinião de todos que discordarem dos meus sentimentos... o que vale é o que sinto. Obrigada.

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  2. Sugiro que leia o livro A escravidão na África, de Paul Lovejoy. Ele traz uma excelente explanação acerca das especificidades da escravidão no continente africano. Se vc ler, vai perceber que o que movia os dois tipos de escravismo eram razões diferentes. Não há como comparar a escravid]ao africana, tampouco a romana, ao que aconteceu aqui no Brasil nos tempos coloniais. Fazer isso é inorrer num grande equívoco.
    Abraço e boa leitura.

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    1. Todos sofrem sendo escravizados não acha? Ou será que a diferença de motivos atenua o sofrimento do escravo?
      O que vejo,me desculpe dizer é vitimização.

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    2. Najara, os negros nunca dependeram dos brancos pra exterminá-los ou escravizá-los: https://www.youtube.com/watch?v=Sf39waktLVQ
      O fenômeno do coitadismo e a imposição de culpa e reparação aos brancos, pode se tornar em um futuro próximo, o extermínio dos brancos: https://www.youtube.com/watch?v=2Ay8WbHFQzI

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  3. Muy bien ajudouuu muito no meuu trabalho de história sobre a áfrica e descobriii coisas legais.
    acrescenta aii:
    "As pessoas podiam torna-se escravas por alguns motivos: caso fossem capturadas nos conflitos entre grupos que disputavam hegemonia; se fossem expulsas de sua comunidade nata por desrespeito às regras; se fossem vendidas por sua família em troca de alimentos; ou se houvesse abundância de terras e escassez de mão-de-obra. Um fator que incrementa essa lista é a ausência de propriedade privada nas sociedades africana. Assim, os escravos eram a única forma de propriedade privada".

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  4. O que houve no Brasil foi um verdadeiro HoLocausto de Negros africanos, seja o que for o passado dos Africanos e o relacionamento deles com os Europeus não se justifica o massacre e exploração destas pessoas...
    hoje me chamam de Afrodescendente mas como posso me titular afrodescendente se tenho 2 sobrenomes Europeus, eu não sei os nomes de meus tataravós...~tiraram nossos nomes nossas origens e nossa verdadeira Historia de glória.
    a gloria que conheço é ter nascido livre...
    Livre da escravidão.

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    1. Marcelo, seu questionamento é perfeito. Eu também sou afro descendente, mas a minha genética me fez ter aparência que não tão negra. Quando digo que sou afro descendente para outros irmãos negros percebo certa ironia da parte deles. nós brasileiros ainda temos problemas de identidade, o nos descaracteriza como nação soberana, visto que seu povo não sabe bem que identidade tem. creio que todos nós deveríamos assumir todas as nossas ancestralidades, seja ela africana, portuguesa, etc. Pelo simples fato de sermos brasileiros, pura e simplesmente, já traz para nós toda a africanidade e ai nos tornaremos iguais. Os racistas adoram os prefixos de identificação, como o "afro" e dizem por ai:"eu sou brasileiro, mas eles são afro brasileiros". Não devemos segregar mais ainda nossa sociedade e ter cuidado com o racismo as avessas que pode surgir de alguns radicais dos movimentos negros de ideias marxistas.

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  5. Até que enfim alguém que se esquiva dessa interpretação simplista que reduz toda historiografia escravista ao eterno conflito entre brancos-europeus-exploradores contra negros-africanos-explorados. Eu nunca concordei com isso.Alguém citou a obra de LOVEJOY e eu endosso o coro,além de recomendar o documentário chamado "escravos desconhecidos" que aborda a situação dos cativos dos muçulmanos, com relatos de profissionais como Thomas Vernet, professor na Universidade de Paris, e de Salah Trabelsi, historiador marroquino que leciona na Universidade de Lyon. Por fim, se de fato devemos levar o contexto da escravidão negra pelo caminho do racismo e não consider a prática já vigente na África, não podemos deixar de ler o livro de Leon Poliakov, O Mito Ariano, onde se retrata todo embasamento "filosófico" e "científico" do racismo proveniente da intelectualidade da época. Aliás, esta obra evidencia a contribuição de Marx, Engels, Hegel, Voltaire e tantos outros ao racismo,relatando que o verbete "Nègres" contido na Encyclopedie de Diderot e D´Alembert, não apresentava nenhuma benevolência ao negro. (POLIAKOV: 1974, p.145). Parabéns pelo artigo, professora!! Paz e Bem!!!

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    1. Por mim e por muitos, um muito obrigado pela indicação de documentário. EXCELENTE!

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  6. É PRECISO COMBATER A CULPABILIZAÇÃO QUE O MOVIMENTO DOS NEGROS DIRECIONA AOS BRANÇOS, COMO SE ESTES FOSSE CULPADOS PELO SEU DESTINO. ISSO NÃO CABE. AFINAL A QUESTÃO CULTURAL E RELIGIOSA FOI O QUE DETERMINOU SUA CONDIÇÕA. CRIMINALIZAR OS BRANCOS PARA OBTER PRIVILÉGIOS É ERRADO. ISSO É DISCRIMINAÇÃO. SE TANTO OS NEGROS COMO OS BRANCOS ESCRAVISARAM, NINGUÉM PODE APONTAR PARA O OUTRO. QUERER BENEFICIOS ESCLUSIVOS É PERPETUAR A DISCRIMINAÇÃO, SOÓ QUE AGORA, LEGAMENTE, POR LEGISLAÇÃO, CONTRA OS BRANCOS. NUM PAÍS QUE SE DIZ DEMOCRÁTICO, ESTÁ DISTANTE DA PR´RATICA. NEGROS SINCEROS NÃO CONCORDAM COM ISSO. MAS ESSES NÃO SÃO OPUVIDOS. QUE PENA.

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  7. QUALQUER TIPO DE ESCRAVIDÃO É NOJENTA. A ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA PODE TER SIDO DIFERENTES DA QUE OCORREU NAS AMÉRICAS, MAS NÃO FOI MENOS VIOLENTA. NA ÁFRICA OS ESCRAVOS CAPTURADOS NAS TRIBOS RIVAIS IAM FORÇOSAMENTE PARA A GUERRA E MUITOS ERAM MORTOS COMO OFERENDA AOS DEUSES. SOMENTE OS MAIS NOTADOS CONTRAÍAM CASAMENTO COM ALGUÉM DA TRIBO DOMINANTE. MUITOS HISTORIADORES CONTAM ESSA HISTÓRIA COMO SE OS AFRICANOS FOSSEM INGÉNUOS E QUE FORAM CORROMPIDOS PELOS EUROPEUS, CLARO QUE NÃO. AS PRINCIPAIS NAÇÕES AFRICANAS FIZERAM COMÉRCIO DE ESCRAVOS COM OS EUROPEUS PORQUE ERAM TÃO GANANCIOSOS QUANTO. O PROTEJO DA ESCRAVIDÃO É UM PROJETO MUÇULMANO, REPRESENTADOS PELOS OS HAUSSES, HABITANTES DA REGIÃO DO ATUAL SUDÃO. ESSES, MUITO ANTES DOS EUROPEUS CHEGAREM À ÁFRICA, JÁ ESCRAVIZAVAM EUROPEUS E OS VENDIAM NA ÁFRICA. COM A CHEGADA DOS PORTUGUESES, INGLESES, FRANCESES E HOLANDESES, OS HAUASSES LOGO TRATARAM DE FIRMAR ACORDO COM OS EUROPEUS, ANTES ALVO DOS MUÇULMANOS. ALÉM DO MAIS, DURANTE O SÉCULO XVII, OS INGLESES ESCRAVIZARAM IRLANDESES, POIS ESTES ERAM MAIS BARATOS QUE OS NEGROS. SE EXISTE CULPA A CULPA É DO PROPRIO SER HUMANO, INDEPENDENTE DA COR QUE ELES TIVERAM, OU TENHA.

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    1. O que prepondera na sociedade é a falsa ilusão de um sistema escravocata branco. Você explanou bem, mas na minha humilde opinião os políticos criam datas comemorativas como o dia da consciência negra como ato ícone das lembranças do escravismo e racismo no Brasil. Ora, se a necessidade lógica de que não se trata de cor, mas sim de que somos todos humanos, fato que deveria ser uma consciência coletiva, então porque comemorar datas em prol de uma falsa consciência racial?! o justo para com toda a humanidade é a consciência de somos uma só raça, raça humana. Raça negra ou branca são conotações racistas utilizadas para mascarar grupos ainda não definidos pela ciência e, com isso perpetuar que o negro é a eterna vítima da sociedade escravocata moderna. Uma reflexão: O sistema escravista na Africa sempre existiu e quem fornecia os escravos para os europeus eram os próprios negros, o que garante que se não houvesse o europeu para trazer os escravos africanos, que esse holocausto iniciado na Africa teria sido menos ou mais destrutivo. Nada justifica, mas propagar ódio irracional justificando-se em atos irracionais não tornam as humanidade melhor. Negros ou brancos, somos todos apenas uma raça.

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  8. Aurelio Mayorca PARABÉNS GILBERTO E GIL E ATIVISTAS DA SEPARAÇÃO RACIAL !
    PARABÉNS MINISTÉRIO PARA O RACISMO E SEPARAÇÃO RACIAL!
    O goleiro Aranha, sem saber é vítima da lavagem cerebral do ministério para o racismo. Logo os brancos não irão mais assistir futebol, aí será melhor ?
    Qualquer coisa agora, brincadeira , diversão, cumprimento, confraternização é racismo, vitimização de uma raça, exigência de privilégios, mais direitos e nada de deveres . A regra é humilhar os brancos, enaltecer os negros, torná-los seres superiores e os brancos seus súditos .
    Antes que o Brasil vire uma Somália ou um Sudão do Sul, conheça, apoie :
    www.pazracialnobrasil.blogspot.com.br
    .
    Amigos ! Pensemos no futuro. Sei o que é discriminação, pois sou "mestiço", sofri na carne e sei o que sentem as vítimas (principalmente às que não conseguem "relevar", devolver uma eventual brincadeira, conviver ). Mas, a solução virá com educação lenta e progressiva , não com confronto (ou pior: "usando a força do Estado" para proteger uma situação e humilhar a outra parte , esta última também financia e precisa do Estado) . Aplicar castigo cruel é piorar o problema. Cuidemos ! Tememos que se continuar assim, logo teremos um Brasil dividido com disputa entre raças e assim um tirano chegar ao poder com requintes de crueldade, como ocorre em muitos países onde a separação étnica-racial tornou-se "oficial", então todos sofreremos terríveis perseguições sejamos negros ou brancos (basta não bajularmos o tirano, tipo na Síria , no Sudão do Sul, ...)

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  9. Gostaria de saber um pouco, sobre aquele escravidão africana imposta pelos europeus como por exemplo: a)-Existiam os que trabalhavam nas tarefas doméstica; b) Os que trab. na agricultura de subsistência e até os escravos reprodutores para aumentar o número de dependentes de um clã e ainda os que trabalhavam nas mineradoras, artesanato etc.. isso entre os próprios africanos. O assunto de meus trabalho é( Africanos escravizam africanos)

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  10. meu nome é Rogério não consegui me logar. Penso que não é questão de cor ou raça a questão do racismo, mas tem a ver com a índole do opressor sobre o oprimido, que geralmente é de má índole, branco ou negro ninguém deveria escravizar outrem.Veja por exemplo o que ocorre na atual Africa do sul onde os brancos foram colocados em guetos de miséria e estão impedidos até de prestar concursos públicos. Isso me parece vingança. Não se mede o caráter de uma pessoa pela cor e a raça, mesmo porque tem canalhas brancos mas também tem canalhas negros. Mas também tem muita gente boa e digna , negra e branca.

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  11. http://renatofurtado.com/wp/2015/05/13/negros-escravizaram-portugueses-por-mais-de-741-anos/

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  12. A questão, é que infelizmente pela sua própria cultura, vivem como tribos selvagens, matando e violentando entre si, o que sempre facilitou a intervenção perniciosa estrangeira..

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