terça-feira, 26 de maio de 2009

TEMPOS MODERNOS

Modern Times (Tempos Modernos, em português) é um do cineasta britânico Charles Chaplin lançado em 1936 em que o seu famoso personagem "O Vagabundo" (The Tramp) tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado.
Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a criminalidade, a escravidão. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua.
Um trabalhador de uma fábrica (Chaplin), tem um colapso nervoso por trabalhar de forma quase escrava. É levado para um hospício, e quando retorna para a “vida normal”, para o barulho da cidade, encontra a fábrica já fechada.
Enquanto isso, uma jovem (Paulette Goddard), orfã de mãe, com duas irmãs pequenas e o pai desempregado, tem que realizar pequenos furtos para sobreviver. Após a morte do pai em uma manifestação, dois agentes do governo vão buscá-las para a adoação, mas a jovem foge.
Carlitos vai em busca de outro destino, mas acaba se envolvendo numa confusão: pois é tomado como o cabecilha por trás da greve que esta a acontecer e acaba por ser preso. Quando é libertado e depois de uma agradável estadia na prisão, decide fazer de tudo para voltar para lá e ao ver a jovem que fugiu da adoção (Paulette Goddard) roubar um pão para comer, decide se entregar em seu lugar. Não dá certo, pois uma grã-fina tinha visto o que houve e estraga tudo. Mesmo assim, ele faz de tudo para ir preso, mas os dois acabam escapando e vão tentar a vida de outra maneira. A amizade que surge entre os dois é bela, porém não os alimenta. Ele tem que arrumar um emprego rapidamente.
Consegue um emprego numa outra fábrica, mas logo os operários entram em greve e ele mete-se novamente em perigo. No meio da confusão, vai preso ao jogar sem querer uma pedra na cabeça de um policial.
A jovem consegue trabalho como dançarina num salão de música e emprega seu amigo como garçom. Também não dá certo, e os dois seguem, numa estrada, rumo a mais aventuras.
Vamos relembrar melhor as cenas?
Cenário: Uma fábrica com grandes máquinas. Operários sujos, mal cuidados.
Cena 1: Carlitos na fábrica
Cada grupo de operários executam somente uma mesma tarefa. Carlitos torce roscas.
Cena 2: Aumentando a produtividade O presidente manda aumentar a velocidade da máquina, para que os operários produzam mais em menos tempo.
O operário Carlitos (Chaplin) vai adquirindo tiques, pelos movimentos repetitivos executados em uma única tarefa.
Cena 3: Carlitos troca de turno
Carlitos vai ao banheiro descansar. O presidente aparece em uma grande tela, exigindo que volte ao trabalho.
Cena 4: A máquina alimentadora
Empresários oferecem ao presidente da fábrica uma máquina que alimenta automaticamente o operário enquanto ele trabalha. Carlitos é obrigado a ser cobaia para exibição da eficácia da máquina.
Cena 5: Mecanização do operário Carlitos vai se robotizando. Entra em crise. Cai na máquina e se torna parte dela.
Cena 6: Alienação de Carlitos É levado ao hospício. Ao sair está desempregado. Ele está sozinho.
Cenário: Ruas lotadas de desempregados
Cena 7: Manifestações de rua contra o desemprego. Operários desempregados se mobilizam pedindo emprego. Carlitos é confundido com os participantes do movimento e é preso como líder.
Cena 8: Moça pobre rouba frutas no cais para o pai desempregado e seus irmãos. Cena 9: O pai da moça é morto em manifestação de rua. Seus irmãos são levados para o orfanato. Ela foge. Cenário: Prisão
Cena 10: Um traficante coloca droga no sal durante a refeição. Carlitos, coloca sal na comida e acidentalmente se droga. Fica fora da cela e acaba salvando policiais de uma rebelião de presos e começa a ter tratamento diferenciado.
Cena 11: Carlitos é solto, mas quer ficar na cadeia por temer o desemprego. Não tem para onde ir. Com carta de apresentação vai procurar trabalho. Cenário: Moça rouba bisnaga na rua
Cena 12: Carlitos a salva dos policiais. Ele faz tudo para ser preso e acaba conseguindo, mas encontra a moça na viatura. Ambos fogem.
Cenário: Sonho de moradia, fartura e vida familiar
Cena 13: Carlitos e a moça sonham com uma vida melhor e mais digna
Cenário: Loja de Departamentos
Cena 14: Carlitos consegue emprego em loja e aproveita para alimentar a moça e lhe deixa dormir no setor de cama e mesa.
Á noite ele se depara com ex-colegas da fábrica assaltando a loja. De manhã é pego dormindo e é despedido e preso. Cenário: A casa – sonho realizado
Cena 15: A moça lhe espera na saída da cadeia e lhe leva para uma casa que conseguiu. Ali procuram realizar o sonho da moradia. De manhã tomam o café da manhã e lêem jornal. Cenário: A fábrica reabre Cena 16: Carlitos volta a trabalhar como operário, na função de ajudante de mecânico. Cenário: O restaurante Cena 17: A moça consegue trabalho em restaurante como bailarina e consegue emprego de garçom e cantor para Carlitos. Mas as autoridades do orfanato estão procurando-a e ambos acabam fugindo. Cenário: A estrada da vida Cena 18: A moça está cansada de lutar pela vida, mas Carlitos um sonhador, mantém a esperança. Moça: - Para que tentar? Carlitos: - Erga-se! Não desista! Vamos conseguir!
Agora é com você!!!
Qual cena do filme você mais gostou? Por quê?

domingo, 24 de maio de 2009

O PATRIOTA

Carolina do Sul - 1776. Ex-herói da guerra franco-indiana, Benjamin Martin deixou de vez para trás a luta armada para criar sua família em paz. Considerado um soldado astuto, eficiente e bravo, ele casa-se com uma mulher de boa família que lhe dá sete filhos e, influenciado por ela, troca seu passado violento por um futuro pacífico em sua extensa fazenda.

Mas uma rebelião está em curso. Desta vez, o conflito com a Grã-Bretanha, é inevitável. Agora, como homem dedicado exclusivamente à família, Martin não está disposto a retornar aos campos de batalha. Viúvo recente, ele tem objetivos diferentes, pois tornou-se o único a zelar pelo bem de sua prole. Além disso, os horrores das lutas do passado ainda o torturam. "Se estão me perguntando se eu estaria disposto a lutar na guerra contra a Grã-Bretanha, a resposta é não. Já estive na guerra e não tenho nenhuma intenção de fazê-lo novamente", declara Martin em seu discurso emocionado diante do Congresso de Charleston. "Minha esposa morreu. Tenho sete filhos. Quem olhará por eles se eu for à guerra?"

Entretanto, o filho primogênito de Benjamin, Gabriel, pensa de maneira diferente. Os discursos radicais e a panfletagem ideológica que têm início nas capitais e nos bancos das igrejas e que logo chegam a todas as colônias, causam uma forte impressão no rapaz. A guerra irá eclodir e sua causa, segundo ele, é justa. Desafiando seu pai, Gabriel junta-se às tropas revolucionárias americanas.

Benjamin Martin enfrenta com isso um terrível dilema. Mesmo sendo um antibelicista ferrenho, ele acredita na causa da independência. É quando um regimento britânico, sob o comando do cruel Coronel Tavington, chega às portas da sua fazenda, pondo em risco tudo aquilo que ele mais preza - sua família. Com sua casa na Carolina do Sul ameaçada, Martin concorda em ir à guerra ao lado do filho patriota e idealista e lidera o destemido exército revolucionário na luta contra as devastadoras e cruentas tropas britânicas.

Ao final, este herói involuntário descobre que o único modo de proteger sua família é engajando-se na luta pela independência de sua jovem nação.

REVOLUÇÃO FRANCESA
A Revolução Francesa, movimento que aconteceu em 1789, foi tão marcante na História Mundial que assinala uma mudança de época: foi o fim da Idade Moderna (iniciada em 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla) e o início da Idade Contemporânea, que é esta era em que vivemos.
Profundamente influenciada pelas idéias do Iluminismo - cujos principais pensadores foram Voltaire e Rousseau - e sob o lema "LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE", a Revolução, através de seus líderes, derrubou o rei Luís XVI (condenado à morte na guilhotina anos depois) e instaurou a República, em 1792.Um símbolo do poder da monarquia, a Bastilha, prisão símbolo do Antigo Regime, foi tomado pelos revolucionários. Alguns líderes do movimento: Robespierre, Danton e Marat.

sábado, 23 de maio de 2009

MANIFESTAÇÃO DO POVO JIJOQUENSE EM PROL DA CONSTRUÇÃO DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE JERICOACOARA
Na manhã de quarta-feira (20/05/2009) centenas de pessoas se reuniram novamente no centro da cidade de Jijoca de Jericoacoara para manifestarem seu pedido ao governador estadual Cid Gomes: que a construção do Aeroporto Internacional de Jericoacoara seja em terras jijoquenses.
Localizada a 285,5Km de Fortaleza, na microrregião do litoral de Camocim e Acaraú, com uma população estimada em 18 mil habitantes, está em uma grande campanha.
A hospitaleira urbe com todas as suas lideranças estão lutando pela localização, em seu território, do Aeroporto Internacional de Jericoacoara, o que, aliás, já fora prometido pelo Governo do Estado, segundo informou autoridades de Jijoca. Jijoca está entre as cidades do caminho turístico do Brasil, daí a necessidade do aeroporto internacional.
Em razão de a notícia de que o aeroporto não seria mais construído em Jijoca o povo foi às ruas. Uma manifestação pública reivindicando a construção do aeroporto em Jijoca.
A manifestação foi pacífica, com faixas pedindo o aeroporto. A caminhada em prol do Aeroporto Internacional de Jericoacoara teve inicio no calçadão, seguindo pela rua principal, onde houve a concentração e manifestantes fizeram uso da palavra.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
O motivo da escolha do dia 18 de maio para o Combate a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes segue abaixo. Leiam com atenção até que ponto a impunidade de nosso país pode chegar.
HISTÓRIA DA ARACELE
Durante mais de três anos, na década de 70, pouca gente ousou abrir a gaveta do Instituto Médico-Legal de Vitória, no Espírito Santo, onde se encontrava o corpo de uma menina de nove anos incompletos. E havia motivos para isso. Além de o corpo estar barbaramente seviciado e desfigurado com ácido, se interessar pelo caso significava comprar briga com as mais poderosas famílias do estado, cujos filhos estavam sendo acusados do hediondo crime. Pelo menos duas pessoas já tinham morrido em circunstâncias misteriosas por se envolverem com o assunto.
Ainda assim, corajosos enfrentavam os poderosos exigindo justiça, tanto que o corpo permanecia insepulto na fria gaveta, como se fosse a última trincheira da resistência. O nome da menina era Araceli Cabrera Crespo e seu martírio significou tanto que o dia 18 de maio – data em que ela desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista com vida – se transformou no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Por uma dessas cruéis ironias, Jardim dos Anjos era onde ficava um casarão, na Praia de Canto, usado por um grupo de viciados de Vitória (ES) para promover orgias regadas a LSD, cocaína e álcool, nas quais muitas vítimas eram crianças – anjos do sexo feminino. Entre a turma de toxicômanos, era conhecida a atração que Paulo Constanteen Helal, o Paulinho, e Dante de Brito Michelini, o Dantinho, líderes do grupo, sentiam por menininhas. Dizia-se, sempre a boca pequena, que eles drogavam e violentavam meninas e adolescentes no casarão e em apartamentos mantidos exclusivamente para festas de embalo. O comércio de drogas era, e é muito enraizado naquela cidade. O Bar Franciscano, da família Michelini, era apontado como um ponto conhecido de tráfico e consumo livres.
Suspeitas sobre a mãe da menina
Araceli vivia com o pai Gabriel Sanches Crespo, eletricista do Porto de Vitória, a mãe Lola, boliviana radicada no país, e o irmão Carlinhos, alguns anos mais velho que ela. Na casa modesta, localizada na Rua São Paulo, bairro de Fátima, era mantido o viralata Radar, xodó da menina, que o criava desde pequenino. Segundo o escritor José Louzeiro que acompanhou o caso de perto e o transformou no livro “Araceli, Meu Amor” – o nome Radar foi escolhido pela garota “para que o animal sempre a encontrasse”. Araceli estudava perto de casa, no Colégio São Pedro, na Praia do Suá, e mantinha urna rotina dificilmente quebrada. Ela saía da escola, no fim da tarde, e ia para um ponto de ônibus ali perto, quase na porta de um bar, onde invariavelmente brincava com um gato que vivia por ali.
No dia 18 de maio de 1973, uma sexta-feira, a rotina de Araceli foi alterada. Ela não apareceu em casa e o pai, num velho Fusca, saiu a procurá-la pelas casas de amigos e conhecidos, até chegar ao centro de Vitória. Nada. A menina não estava em lugar algum. Só restou a Gabriel comunicar a Lola que a filha estava desaparecida e que tinha deixado seu retrato em redações de jornais, na esperança de que fosse, realmente, somente um desaparecimento. No dia seguinte, quando foi ao colégio para conseguir mais informações, Gabriel ficou sabendo que a menina tinha saído mais cedo da escola. De acordo com a professora Marlene Stefanon, Araceli tinha “ido embora para casa por volta das quatro e meia da tarde, como a mãe mandou pedir num bilhete”.
Na véspera, Lola tivera uma reação aparentemente normal ao constatar a demora da filha em chegar em casa. Primeiro, ficou enervada; depois, preocupada. No sábado, tarde da noite, sofreu uma crise nervosa e precisou ser internada no Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia. Ainda no início do processo, acabariam pesando sobre ela fortes suspeitas e graves acusações. Lola foi apontada como viciada e traficante de cocaína, fornecedora da droga para pessoas influentes da cidade e até amante de Jorge Michelini, tio de Dantinho. E mais: ela era irmã de traficantes de Santa Cruz de La Sierra, para onde se mudou tão logo o caso ganhou dimensão, deixando para trás o marido Gabriel e o outro filho, Carlinhos. Não se sabe até onde Lola facilitou ou estimulou a cobiça dos assassinos em relação a Araceli.
Menina era usada no tráfico de drogas
A respeito de Dantinho e de Paulinho Helal, dizia-se que uma de suas diversões durante o dia era rondar os colégios da cidade em busca de possíveis vítimas, apostando na impunidade que o dinheiro dos pais podia comprar. Dante Barros Michelini era rico exportador de café (tão ligado a Dantinho que chegou a ser preso, acusado de tumultuar o inquérito para livrar o filho). Constanteen Helal, pai de Paulinho, era comerciante riquíssimo e poderoso membro da maçonaria capixaba. Seus negócios também incluíam imóveis, hotéis, fazendas e casas comerciais. Já o eletricista Gabriel, seu maior tesouro era a filha. No domingo, ele foi à delegacia dar queixa, onde lhe foi dito que tudo seria feito para encontrar Araceli. Na Santa Casa, ele contou a Lola o resultado de sua busca e falou da garantia dos policiais de que tudo acabaria bem. Lola pareceu não acreditar – e chorou. O escritor José Louzeiro não tem dúvida:
Lola foi, indiretamente, a causadora do hediondo crime de que sua filha foi vítima.
“Na sexta-feira, a mando da mãe, Araceli tinha ido levar um envelope no edifício Apoio, no Centro de Vitória, ainda em construção, mas que já tinha uns três ou quatro apartamentos prontos, no 8º andar. A menina não sabia, mas o envelope continha drogas. Num dos apartamentos, Paulinho Helal, Dantinho e outros se drogavam. Ela chegou, foi agarrada e não saiu mais com vida”, conta o escritor.
O que aconteceu realmente com Araceli Cabrera Crespo talvez nunca se saiba. E talvez, seja bom mesmo não conhecer os detalhes, tamanha é a brutalidade que o exame de corpo delito deixa entrever. A menina foi estupidamente martirizada. Araceli foi espancada, estuprada, drogada e morta numa orgia de drogas e sexo. Sua vagina, seu peito e sua barriga tinham marcas de dentes. Seu queixo foi deslocado com um golpe. Finalmente, seu corpo – o rosto, principalmente – foi desfigurado com ácido.
Corrupção e cumplicidade da polícia
Seis dias depois do massacre da menina, um moleque caçava passarinhos num terreno baldio atrás do Hospital Infantil Menino Jesus, na Praia Comprida, perto do Centro da capital. Mas o que ele encontrou foi o corpo despido e desfigurado de Araceli. Começou, então, a ser tecida uma rede de cumplicidade e corrupção, que envolveu a polícia e o judiciário e impediu a apuração do crime e o julgamento dos acusados por uma sociedade silenciada pelo medo e oprimida pelo abuso de poder.
Dois meses após o aparecimento do corpo, num dia qualquer de julho de 1973, o superintendente de Polícia Civil do Espírito Santo, Gilberto Barros Faria, fez uma revelação bombástica. Ele afirmou que já sabia o nome dos criminosos, vários, e que a população de Vitória ficaria estarrecida quando fossem anunciados, no dia seguinte. Barros havia retirado cabelos de um pente usado por Araceli e do corpo encontrado e levado para exames em Brasília. confirmando que eram iguais. Por que a providência? Até então, havia dúvidas que era de Araceli o corpo que apareceu desfigurado no terreno baldio. Gabriel sabia que era o da filha – ele o reconheceu por um sinal de nascença, num dos dedos dos pés. Mas Lola disse o contrário. Assim que se recuperou, ela foi ao IML reconhecer o corpo e afirmou que não era de sua filha.
Louzeiro recorda um outro fato a respeito disso, altamente elucidativo. Certo dia, Gabriel levou o cachorro Radar ao IML só para confirmar, ainda mais sua certeza. Não deu outra: mesmo com a gaveta fechada, animal agiu realmente como um radar, como Araceli premonizara, e foi direto à geladeira onde estava o corpo de sua dona.
O delegado muda de opinião
Porém, sem que explicasse o porquê (na noite anterior, ele tivera um encontro com Dante Michelini), Barros Faria mudou de opinião e, ao invés de estarrecer a população de Vitória, provocou riso e deboche por uma lado, e revolta, por outro. O assassino de Araceli, segundo ele, era um velho negro, demente, que perambulava pela Praia do Suá, perto da escola da menina. Começava a escalada de suborno, ou de medo. Coisa que não fazia parte do caráter de um sargento da Polícia Militar, lotado no serviço secreto, e de um vereador do MDB de Vitória. O primeiro, Homero Dias, acabaria pagando com a vida as investigações que fez. Certo de que estava mexendo em casa de marimbondos, o sargento Homero procurava se cercar de muito cuidado durante suas investigações. Tudo que apurava, ele comunicava a seu superior imediato, o capitão Manoel Araújo, também delegado de polícia, em quem confiava. A esposa, Elza, e ao sogro, João Dias, confidenciou certa vez: “Já tenho material para incriminar muita gente. Acho que o capitão Araújo já pode interrogar o filho de Constanteen Helal.”
Repentinamente, Homero foi afastado do caso pelo próprio capitão Araújo e recebeu ordens de perseguir o traficante José Paulo Barbosa. o Paulinho Boca Negra, na ilha do Príncipe. Na operação, Homero foi atingido nas costas e morreu. O próprio Boca Negra diria depois, na Penitenciária de Vitória, até ser calado para sempre, tempos após, com 27 facadas: “Quem matou o sargento Homero foi o soldado da PM que estava com ele. Eu vi quando ele atirou.”
Evidências apontam para Helal e Dantinho
O vereador era Clério Vieira Falcão, falecido há cerca de seis anos, que travou incansável luta para botar na cadeia os assassinos de Araceli. Ele deflagrou uma campanha, que repercutiu em todo o país, exigindo a apuração do crime e a apuração dos culpados, que apontava: Dante de Brito Michelini, Paulo Constanteen Helal e a amante deste, Marisley Fernandes Muniz, viciada em drogas. O nome dela surgiu no caso graças à paciente investigação feita pelo perito Asdrúbal de Lima Cabral, o Dudu, que, com a ajuda de seu colega carioca Carlos Éboli, também muito contribuiu para que o caso não fosse esquecido. Louzeiro recorda, por exemplo, que certa ocasião Dudu seguiu a mãe de Araceli, Lola, até São Paulo. Ela tinha saído de Vitória vestida praticamente como uma mendiga e, num hotel da capital paulista, vestira roupas elegantes e embarcara num avião para a Bolívia. Motivo: comprar drogas para a gangue dos acusados, mesmo após a morte da filha.
Eleito deputado, Clério Falcão conseguiu formar uma CPI para apurar o caso, que obteve mais resultados que a própria polícia. Ouvida na CPI, Marisley Fernandes declarou que o casarão do Jardim dos Anjos era reduto de festas de filhos de milionários, onde se consumia grandes quantidades de cocaína e LSD.
Ela também disse, mas depois negou, que Paulinho Helal a tinha levado ao local onde estava o corpo de Araceli, num carro onde havia um frasco com um líquido amarelo e luvas. O objetivo dele, segundo a amante, era ver se precisava despejar mais ácido no cadáver para dificultar o reconhecimento. Também convocado a depor na CPI, o perito Carlos Éboli disse que os assassinos deram uma dose excessiva de LSD a Araceli.
O Caso Araceli também fez vítimas do lado dos acusados. Uma delas foi o jovem Fortunato Piccin, um viciado que perdia completamente a razão quando se drogava em excesso. Ele foi apontado pelo capitão Manoel Araújo como suspeito do crime e morreu depois de tomar um remédio trocado, na Santa Casa de Misericórdia de Vitória, da qual Constanteen Helal era provedor. Também há suspeitas de que o próprio Jorge Michelini, tio de Dantinho, tenha sido eliminado por ameaçar contar tudo que sabia. Numa madrugada, o carro que dirigia foi atingido pelo ônibus de uma empresa, cujos veículos só circulavam até meia-noite. Segundo Louzeiro, outros dois assassinados foram um mecânico que prestava serviços para Paulinho Helal e o porteiro do Edifício Apolo.
O corpo de Araceli, segundo as investigações, teria sido levado num Karmann-Ghia do Edifício Apolo para o Bar Franciscano, onde ficou dentro de uma geladeira. Posteriormente, o corpo teria sido conduzido à Santa Casa de Misericórdia, com a cumplicidade do funcionário do serviço de necrópsia Arnaldo Neres, que viraria depois dono de funerária. Finalmente, o cadáver da menina foi deixado no terreno baldio. Muita gente viu e soube do que estava acontecendo durante aqueles dias. Os carrascos de Araceli fizeram tudo quase abertamente, tal a certeza da impunidade. O inquérito policial não passou de uma farsa e o longo processo judicial não conseguiu transformar evidências em provas.
Ainda assim, em agosto de 1977, o juiz Hilton Sily (falecido em abril passado), determinou a prisão de Dante de Brito Michelini e Paulo Constanteen Helal, pelo assassinato de Araceli, e de Dante Barros Michelini, acusado de tumultuar o inquérito para livrar o filho. Em outubro do mesmo ano eles já estavam soltos e o juiz havia sido “promovido” a desembargador. Em 1980, Dantinho e Paulinho foram julgados e condenados, mas a sentença foi anulada. Em novo julgamento, realizado em 1991, os reús foram absolvidos.
O crime já prescreveu. Mas o Caso Araceli é uma ferida que nunca cicatrizou completamente. Mexer com o assunto em Vitória ainda desperta medo, revolta e incredulidade.

domingo, 17 de maio de 2009

A Literatura de Cordel também é um Registro Histórico

"O europeu na ganância

Saiu do seu continente

Escravizando os povos

Se achando inteligente

Ignorando que os negros

Foram a origem da gente

Precisavam de mão-de-obra

Trazendo então prisioneiros:

Da África vieram os

Grandes Navios negreiros

E nas viagens sofridas

Poucos chegaram inteiros"

Os versos acima são de um folheto do cordelista J. Victtor que conta a história dos africanos trazidos ao Brasil como escravos e do famoso Quilombo de Palmares. Assim como esse, podemos encontrar muitos registros históricos nos cordéis.
Mas... Você sabe como surgiu o cordel?
A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos e expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos o nome, mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos de forma riama e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

13 DE MAIO DE 1888 - ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA Na época em que os portugueses começaram a colonização do Brasil, não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Diante disso, eles procuraram usar o trabalho dos índios nas lavouras; entretanto, esta escravidão não pôde ser levada adiante, pois os religiosos se colocaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Assim, os portugueses passaram a fazer o mesmo que os demais europeus daquela época. Eles foram à busca de negros na África para submetê-los ao trabalho escravo em sua colônia. Deu-se, assim, a entrada dos escravos no Brasil.
Os negros, trazidos do continente africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana.
Apesar desta prática ser considerada “normal” do ponto de vista da maioria, havia aqueles que eram contra este tipo de abuso. Estes eram os abolicionistas (grupo formado por literatos, religiosos, políticos e pessoas do povo); contudo, esta prática permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve a escravidão por um longo período foi o econômico. A economia do país contava somente com o trabalho escravo para realizar as tarefas da roça e outras tão pesados quanto estas. As providências para a libertação dos escravos deveriam ser tomadas lentamente.
A partir de 1870, a Região Sul do Brasil passou a empregar assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros; no Norte, as usinas substituíram os primitivos engenhos, fato que permitiu a utilização de um número menor de escravos. Já nas principais cidades, era grande o desejo do surgimento de indústrias.Visando não causar prejuízo aos proprietários, o governo, pressionado pela Inglaterra, foi alcançando seus objetivos aos poucos. O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação. Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.
Declara extinta a escravidão no Brasil: A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte: Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário. Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comercio e Obras Publicas e interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Crise na Coroa Portuguesa

Com a morte de D. Maria I, D. João VI tornou-se soberano com plenos poderes. A aclamação foi no Rio de Janeiro e foi motivo de protestos dos portugueses que viviam em Portugual. Por quê? Ora, desde 1811, as tropas francesas haviam se retirado. Napoleão Bonaparte já tinha sido derrotado na Batalha do Waterloo o clima de guerra na Erupoa não existia mais. Portanto, não fazia mais nenhum sentido a Corte continuar no Brasil.

A Revolução do Porto

Em agosto de 1820, na cidade do Porto, os militares pronunciaram-se publicamente contra a ausência do rei e sua Corte em Portugal.

A economia de Portugal estava arruinada. Pudera! Teve que combater a França, e mais: teve sua maior fonte de renda comercial dividida. O Brasil deixou de ser um grande comprador dos produtos portugueses, pois D. João VI abriu os portos brasileiros para "nações amigas".

Assumindo o governo, revoltosos convocaram as eleições para o parlamento, que por sua vez, faria uma nova Constituição para acabar com o Absolutismo Monárquico. Enfim, os ideias de liberdade chegaram a Portugal.

Mas, quem conseguiria exercer a hegemonia política nesse vasto Império?

A idéia dos deputados portugueses era controlar o poder real por meio de uma Monarquia Constitucional. Por quê? Simples! Dessa forma, teriam o controle das áreas dominadas e das riquezas brasileiras. Por esse motivo, não poderiam proclamar a República.

Exigiram o retorno de D. João VI a Portugal.

E aqui no Brasil?

A elite colonial não tinha união. Só havia acordo em dois pontos: manter-se na condição de "Reino Unido" (muitos temiam que com a volta de D. João VI a Portugal, o Brasil voltasse a condição de colônia) e conter as revoltas populares, que comprometiam sua boa condição socioeconômica.

As divergências eram enormes!

A elite do Centro-Sul propôs uma monarquia dual, ou seja, com revezamento da sede do Império entre Lisboa e Rio de Janeiro. Os baianos, defendiam a capital ser em Salvador (antiga capital brasileira) e as províncias do Norte (Maranhão e Grão Pará) preferiam ser subordinadas a Lisboa a ter que obedecer o Rio de Janeiro.

D. João VI arrumou suas malas e voltou para sua terra natal. Deixou o governo do Brasil nas mãos de seu filho D. Pedro, o príncipe regente, dizendo-lhe na hora de partir: "Se o Brasil se separar de Portugal, antes seja para ti que para qualquer um desses aventureiros."

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole..

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.

Pós Independência

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

AS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA ESPANHOLA

A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
No decorrer do século XVIII, o sistema colonial implementado pelos espanhóis na América passou a sofrer importantes transformações, fruto do envolvimento metropolitano nas guerras européias e da crise da mineração.
O NOVO COLONIALISMO
O Tratado de Utrecht ( 1713) foi uma decorrência da derrota da Espanha na "Guerra de Sucessão Espanhola", sendo forçada a fazer concessões à Inglaterra, garantindo-lhes a possibilidade de intervir no comércio colonial através do asiento - fornecimento anual de escravos africanos - e do permiso - venda direta de manufaturados às colônias.
Esse tratado marca o início da influência econômica britânica sobre a região e ao mesmo tempo, o fim do monopólio espanhol sobre suas colônias na América.
Se os direitos reservados aos ingleses quebravam o pacto colonial, a Espanha ainda manteve o controle sobre a maior parte do comércio colonial, assim como preservou o controle político, porém foi obrigada a modificar de maneira significativa sua relação com as colônias, promovendo um processo de abertura.
As principais mudanças adotadas pela Espanha foram:
A abolição do sistema de frotas, e abolição do sistema de porto único, tanto na metrópole, como nas colônias, pretendendo dinamizar o comércio, favorecendo a burguesia metropolitana e indiretamente o próprio Estado. Na América foi liberado o comércio intercolonial (desde que não concorresse com a Espanha) e os criollos passaram a ter o direito de comercializar diretamente com a metrópole.
AS TRANSFORMAÇÕES NAS COLÔNIAS
As mudanças efetuadas pela Espanha em sua política colonial possibilitaram o aumento do lucro da elite criolla na América, no entanto, o desenvolvimento econômico ainda estava muito limitado por várias restrições ao comércio, pela proibição de instalação de manufaturas e pelos interesses da burguesia espanhola, que dominava as atividades dos principais portos coloniais. Os criollos enfrentavam ainda grande obstáculo à ascensão social, na medida em que as leis garantiam privilégios aos nascidos na Espanha. Os cargos políticos e administrativos , as patentes mais altas do exército e os principais cargos eclesiásticos eram vetados à elite colonial.
Soma-se à situação sócio econômica, a influência das idéias iluministas, difundidas na Europa no decorrer do século XVIII e que tiveram reflexos na América, particularmente sobre a elite colonial, que adaptou-as a seus interesses de classe, ou seja, a defesa da liberdade frente ao domínio espanhol e a preservação das estruturas produtivas que lhes garantiriam a riqueza.
O MOVIMENTO DE INDEPENDÊNCIA
O elemento que destravou o processo de ruptura colonial foi a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte sobre a Espanha; no entanto é importante considerar o conjunto de alterações ocorridas tanto nas colônias como na metrópole, percebendo a crise do Antigo regime e do próprio sistema colonial, como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
A resistência à ocupação francesa iniciou-se tanto na Espanha como nas colônias; netas a elite criolla iniciaram a formação de Juntas Governativas, que em várias cidades passaram a defender a idéia de ruptura definitiva com a metrópole, como vimos, para essa elite a liberdade representava a independência e foi essa visão liberal iluminista que predominou.
Assim como o movimento de independência das colônias espanholas é tradicionalmente visto a partir dos interesses da elite, costuma-se compara-lo com o movimento que ocorreu no Brasil, destacando-se:
-a grande participação popular, porém sob liderança dos criollos;
-o caráter militar, envolvendo anos de conflito com a Espanha;
-a fragmentação territorial, processo caracterizado pela transformação de 1 colônia em vários países livres;
-adoção do regime republicano - exceção feita ao México.
Chegada da Família Real ao Brasil Quando Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental em 1806, o governo português ficou num impasse: Se ficasse do lado da Inglaterra, as tropas francesas invadiriam Portugal, se ficasse do lado da França, os ingleses bombardeariam Lisboa! Era muito arriscado romper as relações comerciais com os ingleses, pois antigos contratos mantinham essa dependência portuguesa. Devido a problemas mentais, a rainha D. Maria I foi afastada do trono e quem governava Portugal era o príncipe regente D. João VI. Diante de tanta pressão dos ingleses e franceses, podemos dizer que o príncipe ficou entre a "cruz e a espada". Que solução tomar então?
Fugir para o Brasil!
Isso mesmo! Se refugiar na mais rica colônia! Mas... Como atravessar o Oceano Atlântico com segurança? Os navios ingleses cuidaram da segurança da Família Real, mas teve algo em troca: A liberação do comércio colonial e o direito de usar os portos brasileiros.
Tudo pronto! No dia 29 de novembro de 1807 a corte embarcou. Juntamente com a Família Real, 15 mil pessoas viajaram (entre elas, nobres e criados). Trouxeram com eles jóias, obras de arte, prataria e quase todo o dinheiro que circulava em Portugal.
O embarque foi apressado e desorganizado, feito sob chuva e diante da população apavorada ao ver seus governantes abandonando o país aos invasores. D. João foi para o cais disfarçado, temendo a reação dos populares. Em meio à correria, dizem que a rainha D. Maria I, sem entender o que acontecia, gritou: "Não corram tanto! Pensarão que estamos fugindo!"
Depois de quase dois meses de viagem, chegaram à Bahia em 22 de janeiro de 1808. Desembarcaram em Salvador. Dois meses depois, estabeleceram-se no Rio de Janeiro. Agora pensem... Qual foi a primeira decisão de D. João VI?
A primeira medida importante foi o decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas. Agora, todos os países aliados de Portugal poderiam comercializar seus produtos no Brasil. Mas... Só tinha um país "amigo". Se você pensou na Inglaterra, acertou! Era o fim do Pacto Colonial e do monopólio comercial.
Foram três os tratados: de Comércio e Navegação; dos Paquetes; de Aliança e Amizade. Nesse último, a cláusula permitia aos ingleses extrairem madeiras brasileiras para a construção de navios.
A Inglaterra começava a firmar sua influência sobre o Brasil.
Agora é sua vez...
Leia, pense e responda:
(UCMG) Em 1808, com a chegada ao Brasil do príncipe regente de Portugal, são tomadas importantes medidas. Aquela que garante o fim do estado colonial é a:
(A) Elevação do Brasil à categoria de Reino
(B) abertura dos portos brasileiros às nações amigas
(C) assinatura dos Tratados de 1810 com a Inglaterra
(D) liberação das indústrias do Brasil
(E) instalação dos órgãos judiciários portugueses no País.

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